tudo sabe

saber do mundo e logo ve-lo esfacelar,

os dedos fluem nos ladrilhos do infinito,

a rosa brilha, mas não sabe da profundeza

dos espelhos, o sol, o vestido estendido no

varal, os anos deitado nas cascas das coisas,

a vida é mais vento que pedra, a memória

mesmo desligada solta veneno dançarino,

quem vai nos dizer a hora do voo, ninguém

me disse a hora da partida, ouço melodia

que sai das rua, muitas vozes destronadas

de si mesmo, acordemos com os sinos das crianças

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 17/03/2017
Código do texto: T5944329
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