QUANDO NÓS NOS CONHECEMOS.
Quando nós nos conhecemos,
Não tínhamos embasamentos,
Para nos darmos confiança,
Diante dos acontecimentos,
Fazíamos muitas ressalvas,
E tu me olhavas brava dizendo,
Isto é um horror, mas a presença do amor,
Foi nos moldando por igual,
E hoje temos o ardor da confiança total,
Tu te jogas em meus braços,
Me devota teus cansaços,
Me solicita o aconchego,
E depois de um longo beijo,
Já te sentes saneada,
Das aflições mais prementes,
Que minha intenção inocente,
Nem tinha conhecimento,
Tua astúcia feminina,
Que certamente me fascina,
Sabe dosar o fetiche,
Mergulhas entre minhas pernas,
Sentes o odor do meu "falo” ,
E eu sei que a tua "caverna" ,
Certa umidade já exala,
E assim me deixas afoito,
Tenho certeza que o coito,
Será no quarto ou na sala,
Ou quem sabe no banheiro,
Na água quente do chuveiro,
Onde o nosso amor escorre,
Mas em nós ele não morre,
Porque tem fontes profundas,
Nossos desejos nos inundam,
E somos abençoados,
Por estarmos apaixonados,
A nossa vida é fecunda,
E assim na dança do tango,
Nunca seremos dois santos,
Mas tão somente bailarinos,
Que adoramos estarmos juntos,
Pois não nos faltam assuntos,
Somos da vida inquilinos.