A Navalha dos Versos

Saibam quantos me lerem,

Que, quando te conheci,

Com as minhas mãos a tremerem

De emoção, me tatuei de ti...

Mas, tão distante do teu amor eu me vi,

Que o meu tresloucado lirismo, em cena patética,

Cortou-se com a navalha dos versos

E gotas de ti escorreram da minha veia poética...

Saibam, entretanto, que quando o coração

É rio onde a ilusão impetuosa corre

E o poema navega nas águas da paixão,

O lirismo nunca morre!...

Então, os versos

Me despedaçam aqui e ali,

Mas em sonhos de amor imersos,

Se colam de novo em ti...

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 05/04/2017
Reeditado em 05/04/2017
Código do texto: T5962082
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