da anormalidade

anormal seria está viva e não ter amado e amando não sentir dor seja de ausência ou de presença

anormal seria terceirizar um sofrimento que passa

anormal seria morar num coração que já não me cabe

anormal seria viver sob a farsa da aparência mostrando ao

um mundo algo que não vivo

anormal seria em nome de um amor ou de um relacionamento que já não existe, usar do drama como artifício de gaiola pra viver sob minha "posse" um pássaro já há muito livre

anormal seria como pretexto "vulgar" ou insano me jogar diante de um carro em movimento, ou de um despenhadeiro, ou ficar de "papo pro ar" numa linha férrea pra que o trem me esfacele o corpo, ou ainda fazer uso de um "mortífero" na lentidão dos dias em busca de piedade alheia ou da auto piedade.

não deu, não deu e ponto. isso é a vida quer fique inteira ou em pedaços. eu tenho que aceitar e dosar o "sofrimento" e seguir sem atribuir ao outro a não permanência.

o fim de algo que se ama ou se amou não é o fim de uma vida

basta ter consciência, basta saber que o que já não deu nunca mais dará novamente.

é como o fio que se parte!

Margarida Di

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 14/04/2017
Reeditado em 14/04/2017
Código do texto: T5971001
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