Sem espelho

O espelho

era os olhos

os dias escorrendo

retirando o brilho

fingo que sou

uma borboleta

uma onça faminta

solto os cabelos

tentando ser livre

a corda continua

prendendo meus pés

culpo um poema velho

um lenço, uma bandeira

olha as pedrinhas

sendo atiradas

em todas direções

tem nó cego

toda remessa

um dia acaba.

Varenka de Fátima Araújo

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 29/04/2017
Código do texto: T5984467
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