Flores na Mão
Quando você olhar pela fresta da porta
Verá um cara na calçada com flores na mão
Adianto de já, ele é um idiota
Ele sabe disso, mas insiste que não
Aquelas flores custaram uma lasanha
Quem em sã consciência faria algo parecido?
Estar apaixonado, essa é a razão da façanha
Afinal, há algum outro motivo conhecido?
Dentro de alguns segundos sua mãe sairá
Dirá que você foi dormir na casa de uma amiga
Decepcionado na calçada, ele sentará
Mas ainda não vai ter desistido da briga
Mas aquela é apenas mais uma noite sombria
Na sua frustrada vida amorosa
Que não acabou tão bem quanto ele queria
Contudo, a esperança a torna menos tenebrosa
Não peço que o aceite
Isso seria ir além do meu limite
Contudo, espero que sempre respeite
Cada papel de amor que existe
Só que não posso deixar de me identificar
Também já quis comprar flores para alguém
Mas felizmente o tempo me tirou daquele lugar
Observando agora, vejo que até que estou bem
Mas ficam na cabeça aqueles pensamentos
Ações, certezas, medos e temores
Afinal, sabe se lá em quais futuros momentos
Não seremos novamente o cara com as flores...