casa amarela do alto
deita sombra sobre o rio

na vidraça espelha ondas
desenhadas pelo vento

o barulho das águas
se perde ao longe

persegue troncos e pedras
a casa amarela fica  a boiar

o rio cruza fronteiras
bate em ritmo solitário

num  constante ondear
envolto em brumas

borbulha ressacas
remexe profundezas

tão manso e diminuto
diante de minhas fixações

o crepúsculo veio juntar-nos
deixamos vãs utopias divagar
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 09/08/2007
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T599829
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