NO FIRMAMENTO!

Já de muito tempo diziam

A arte de maravilhar-se

Mesmo sendo tudo previsível

O sentido alento do capaz

Humano ato de conjurar

Dentre os misteriosos fantasmas

Levam sempre ao pensar além

Pensamentos, sonhos fabricados

Iludem sempre os acordados

No paradoxo do progresso

A impressão do moderno

Agindo como regressão

Legitimamente banindo

O sensível e invisível mundo das idéias

A alegoria e simbolismo da arte

A linguagem e a prosa do poeta

Impiedosamente analisando tudo

Qualquer forma e maneira de manifestar-se

Essa grande proeza do demente

Será a grande conquista da ilusão que só mente

Penso que só podem ver as nuances

Da matéria, a luz e a sombra

Mestria e representação

Tornaram-se escorços

Primos da redução

Obreiros do diminuto

Já não sabem se tiveram a idéia

Se criaram a invenção

Imitam por elegância ocasião

Assim que é o reino da terra

Pois o céu não há de ter fim!

Emília Rombesso
Enviado por Emília Rombesso em 14/05/2017
Código do texto: T5999149
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