Suicídio Moralista

Com lágrimas de uma puta me banhei

Por um sinal qualquer esperei

Com vinhos caros e baratos me embebedei

Com carícias de outros homens obtive meu deleite

Não esperava pela traição daquele a quem amava

Que se entregou

Por algumas moedas de ouro e prata

Como um ditador citando suas regras

Através escrituras de um antigo livro

Que repudiava práticas com quais eu simpatizava

Encontrei minhas brechas para a escapatória que precisava

Esse mundo para mim nada significava

Por terceiros me fiz meu sacrifício

Ao menos essa foi a Estória contada

Em meu suicídio moralista me entreguei

Minha escapatória tão esperada

De meu pai fiz herói

De um suicida me tornei príncipe

E meu pai o eterno rei.

Regiane Abelha
Enviado por Regiane Abelha em 16/05/2017
Reeditado em 21/05/2017
Código do texto: T6000295
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