Assim,como meu pai

Acho que são cinco da manhã

não, não são quatro horas

era a hora que meu pai acordava

dormia com os livros na cama

pegava religiosamente um livro, lia

para vencer a monotonia, tomava café

lá pela sete da manhã, era um defenssor

da leitura e educação igualmente para todos

bom dia pai, ele, você deve levar meus livros

é tão difícil viver sem meu pai

fico em pose como ele para senti lo aqui

uma dor incomoda, não posso olhar para trás

resolvi escrever, escrever

para escapar da dor, até hoje a arte do tropeço

resolvi me abanador de mim, por mim, para os outros

não pra mim mesmo, fora do tempo

com um papel e caneta sou risco em vermelho

ou, a rainha vermelha, cabelos de fogo

é assim, um amigo me chama

estou escrevendo porque fico lúdica

insisto nisso, sem saber o quê vai acontecar

nem aqui, nem no norte, nem no sul

não se ganha, não se é reconhecido

amigo, um livro pode abrir uma cabeça

entendeu a questão?

varenka de fátima Araújo

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 16/05/2017
Código do texto: T6000365
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.