A CICATRIZ DE UM DESGOSTO

A CICATRIZ DE UM DESGOSTO

O sorriso que brota do meu rosto

Antítese do teu vil, feio desgosto

Da traição que fizeste, repelente

Qual veneno mortal d'uma serpente,

Que nos pica por trás com covardia

Vendo uma queda de maneira fria,

Faz-nos pensar que o mundo é só maldade

Embora exista ainda a caridade.

Deus, só ELE ve tanta crueldade,

Numa pessoa sem dó, nem piedade

Corrompida por dores tão doridas

Que a dor se some nas próprias feridas.

Vai, segue sozinha com teu feio canto,

Colhendo de todos o seu frio pranto,

Na escuridão da noite que em ti existe,

Pois em ti a vida em nada consiste.

ANTONIO Tavares de Lima

13,05.2017

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 16/05/2017
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