A despedida da minha amada

Leio a meia voz
a carta que recebi
de ti, e não percebo
qual seria a fonte
maior da angústia:
a sua ausência ou a minha
ausência de mim mesmo...

A carta começa assim:
“Não pude concatenar
os pedaços do que
restou de nós... e
comecei a ver que
era assim porque
nunca fora inteiro...”

Leio em voz alta
a carta que recebi
de ti, que sempre
esteve comigo,
na tristeza e na
alegria, na fortuna
e no fracasso...

A carta diz:
“Esqueça os bons
momentos e me
esqueça, por seu próprio bem;
não fica bem lembrar
do que nunca foi
o que poderia ter sido...”

Leio em silêncio
a carta que recebi
de ti, e não consigo
saber o que mais
me machuca, se a
sua despedida ou
a despedida do amor...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 18/05/2017
Reeditado em 18/05/2017
Código do texto: T6002529
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