REFLEXÕES...

Ao cair de novo as asas

junto as folhas do outono

em brisa acaba outro soro

outro sono se vai longe de casa

Amargo como o perdão não há fruto

Tem ceia no fim da noite

A manhã sem café vem com açoite

depois a sorte, a morte, e claro, o luto

E mais tarde não vem mais nada

não há parada sem estação

Não tem fome se existe pão

Nem só para subir serve a escada

Parada...não se chega às nuvens

Sentado se corre como nunca

Com o nunca se vai à lugar nenhum

Nunca se pensa...

Pensa-se...(?)

Nas madrugadas de tiro ao vazio

o desatino te joga no frio

e te abandona sem conserto

pois o que voce sente é seu

e não cabe a Deus te olhar sem defeito