Jujuba com pipoca

Ainda dá tempo

Do oceano virar poça;

E a montanha, roça.

Do demérito da conquista,

E da simplicidade da perda.

Ainda dá tempo

De morder a língua e rir;

E regravar as digitais.

De erguer castelos na areia,

E até surfar no colchonete.

Ainda dá tempo

Da reza infantil;

De dar ao tempo

O tempo que o

tempo não tem.

Ainda dá tempo

De embrulhar a memória;

E sair por aí, cantando.

De envelhecer tanto,

Até virar criança.

Álvaro Marcos Teles
Enviado por Álvaro Marcos Teles em 22/05/2017
Reeditado em 22/05/2017
Código do texto: T6005966
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