Imagens

Na rocha anciã onde a mãe nasceu

Formavam-se imagens a se decifrar

Havia uma moça de batom carmim

E um rosto redondo atento a olhar

Ao lado a mulher em pé recostada

E à sua direita alguém a orar

Fazendo ioga, servindo de apoio

Ao menino de branco com terno de linho

Os meus olhos viam, seguiam sonhando,

Criando estórias de um tempo do não ser

Bem ali cantavam saudando felizes

Tantos passarinhos, mestres e aprendizes.

Eu sempre pensando o que não vivi

Que o meu coração precisava sentir.

Na rocha anciã, figuras já não há

Pois que o mato adulto escondeu o mistério

Na minha lembrança elas vão ficar

Guardadas pra sempre no poema etéreo.

Cida Micossi
Enviado por Cida Micossi em 04/06/2017
Reeditado em 04/06/2017
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