Meus Mundos

Não acredito que sobreviveria

Um dia sequer nos mundos meus

Mundos que se mudam a cada dia

Povoados apenas pelos muitos "eus"

Mundos sem desespero, saudade ou dor

Mas também sem alegria, magia ou amor

Atmosfera pesada pelas minhas loucuras

Que nutrem a vida dos "eus" habitantes

Com rios poluídos por águas tão puras

E luas opacas que se ofuscam em suas luzes brilhantes

O medo nesses mundos não existe

Não somos alegres. Não somos tristes

Meus mundos são órfãos de mãe natureza

Com bipolaridade e misantropia

São repugnantes de tanta beleza

Claras são as noites, escuros são os dias

A proximidade pode ser fatal

Pois é irresistível a atração gravitacional

Não invada meus mundos, não seja um intruso

Não queira entender meu óbvio confuso