UM GARNIZÉ VALENTE

Antonieta Lopes

Chegou no galinheiro um visitante,

Um garnizé pequeno e valente,

Brigou co'o galo grande - importante,

Que fugiu do galinho, simplesmente.

E não ficou só nisso, foi avante,

Brigou co'o companheiro, seu parente,

E dono do pedaço, provocante,

Cantava sem parar, desde o nascente.

Como esse galinho, entre as pessoas

Algumas nascem para serem líderes,

Sem esforço guiam as outras - más ou boas.

Homens comuns transformam-se em títeres,

Reis por instinto, sem cetro e coroa,

Comendo pão, manteiga, frutas, víveres.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 04/07/2017
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