Frequência
Seu lar ficava no final da rua
Um barraco de lona preta
Quando noite recebia a lua
De dia pedia gorjeta.
Um moço de aparência sofrida
Que pelo destino fora rejeitado
Está pagando pecado doutra vida
Refém do abandono, largado.
Sem higiene em seu visual
Desde a roupa ao dedão do pé
No que se vê tudo real
Será que perdera sua fé?
A barba esconde sua face
Um homem perdido no vício
Como se nesse mundo nada mais restasse
Cuidado para não ir parar no hospício.
Colecionava algumas moedas
Que passava momento em sua mão
Mas seu vício era uma erva em queda
Levava-o para um buraco no chão.
Tornou-se um dependente da droga
Com potencial em elevação
E cada vez sua abstinência lhe afoga
E sua mente vai perdendo a razão.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com