Frequência

Seu lar ficava no final da rua

Um barraco de lona preta

Quando noite recebia a lua

De dia pedia gorjeta.

Um moço de aparência sofrida

Que pelo destino fora rejeitado

Está pagando pecado doutra vida

Refém do abandono, largado.

Sem higiene em seu visual

Desde a roupa ao dedão do pé

No que se vê tudo real

Será que perdera sua fé?

A barba esconde sua face

Um homem perdido no vício

Como se nesse mundo nada mais restasse

Cuidado para não ir parar no hospício.

Colecionava algumas moedas

Que passava momento em sua mão

Mas seu vício era uma erva em queda

Levava-o para um buraco no chão.

Tornou-se um dependente da droga

Com potencial em elevação

E cada vez sua abstinência lhe afoga

E sua mente vai perdendo a razão.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 10/07/2017
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