O ar rarefeito.

Finges que não tem saudades

Daquele beijo demorado ou do abraço apertado

Finges não ter acuidade

Para perceber que o sorriso fácil foi abafado.

Lembras de um elogio que se apaga na fumaça

Da sintonia que parecia ser correspondida

Lembras de um arrepio que se esconde na arruaça

Que agonia fácil sua alegria descabida.

Para quê ter prazeres satisfeitos?

Para quê aquele olhar carinhoso como se você não tivesse defeitos?

Para quê insistir em ter seu ar rarefeito

Com emoções que vieram à tona ao repousar em seu peito?

Tamanha rapidez na chegada

Devias ter previsto a despedida?

Tamanha insensatez da madrugada

Podias ter quisto da razão uma sacudida?

E aquela incerteza bem guardada

Sobre o que sentir e como agir

Teve que ser sufocada

Para não deixar o equilíbrio se esvair.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 14/07/2017
Código do texto: T6053916
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