ronco de um mundo

onde andarão aqueles anos?

se quer a sandália que usei

me perturba, amei que dei

nó no coração (talvez você

saiba o que é nó nos sentimentos)

nunca soube

o tamanho das coisas, sempre

foi dispersa a dobra do meu sonho,

a vida quando quer é atroz, levanto, escuto

o silêncio e refaço o mapa do

destino, nem disse o seu nome

e partiu, somente as palavras que

se perdem na lembrança,

não troquei a água do

vaso desde então, diversas

margem me convidam a atracar,

no entanto, pouco sei sobre margens

salvo daquela que partir e não

houve o ronco da felicidade perene,

apenas sussurros de mundo imaginário

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 14/07/2017
Reeditado em 14/07/2017
Código do texto: T6054306
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