SAMARA
Azuis como os céus serenos
Eram os olhos de Samara,
E como grãos de areia
Eram também tão pequenos
Os sonhos que até então sonhara
Desde a infância primeira.
Um dia um anjo lhe disse,
Como uma voz interior,
Que jamais desistisse
De sonhar com amor,
Mas que passasse a sonhar grande,
Porque merecia muito mais
Do que crera merecer
Até aquele instante.
E foi assim, no remanso da paz,
Que Samara passou a ver
Em cada sonho um porquê,
E a aceitar a vida como ela é:
Tudo é possível àquele que crê
E busca com fé.