Da Fé

Assim, de repente, como a verdade faz;

em silêncio...em paz; sem o corpanzil da mente;

quase transparente feito quem sente um gás;

como quem olha mas não se vê atrás : vidente.

Presença do nada desocupando lugar

pro silente falar nessa nua voz calada...

na nudez que brada e que veste o olhar

com degraus do estar, ausente fé-sem-escada.

Não, fé-sem-sentido, esse racional não crê

naquilo que não vê...no que ouve sem ouvido!

E, assim, duvido do que creio sem você...

do que está cheio quando me encho de mim.

Mas no vazio sem-fim desse caudaloso veio,

seu rio sem receio : duas margens : não e sim.

Torre Três

27-07-2017

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 28/07/2017
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