Quando sobe a lua cheia

Disperso perfumes na corrente do mar,

sou o verbo em ação nas ondas de Nanã.

O vento desmente a cor dos cabelos

quando navego rios e banho-me

nas praias ainda desertas.

Rasga-se a alma no meu peito.

Tresloucadamente digo teu nome

depois da meia-noite quando sobe

a lua cheia.

Não toleras os vestidos da noite,

quando cheia de ira, rasgo véus

sobre o leito.

Na perplexidade imersa nos sentidos,

morro quando morres nas curvas do

meu corpo todo oferecido ao mar.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 02/08/2017
Reeditado em 02/08/2017
Código do texto: T6071755
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