Na fila de espera

a noite procura perfumes

e palavras soltas na boca.

separo países e águas;

rabisco amores e olhares

e queimo a realidade

na fila de espera.

ouço murmúrios e preces;

entram pelas janelas

o alimento e as velas

no barco de sonhar.

Irônica, minha alma

não chora lá fora

lágrimas de vidro

não quebram

amanhã.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 08/08/2017
Reeditado em 08/08/2017
Código do texto: T6077233
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