A morada ecoa

Seja a minha confissão indelével.

Engordura-me como nunca diante da

montanha voraz que vive em nós.

Lava-me com seus tecidos de

delgado requinte áspero - és única.

Força a prisão que vomito discretamente

e divisa o corte que nasceu sobre

o luar vário. Um cesto cintilante

inchado com seus gozosos beijos

e frutíferas árvores nascerão

violentas em nossos seios febris.

Sou um desgaste que vibra de temor

e outras doenças galopam volumosas

volúpias que cutucam aromas infernais.

Solte-se mais enquanto o engano

me abrange fiel na desordem ferindo

meu crânio lívido. Escava bocas

desejosas. Na minha cela sustento

a espevitada mudez vinda do

poço que jorra-te à noite -

supremo charco guia e ecoa.

André SS
Enviado por André SS em 17/08/2017
Reeditado em 07/08/2018
Código do texto: T6086605
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