A morada ecoa
Seja a minha confissão indelével.
Engordura-me como nunca diante da
montanha voraz que vive em nós.
Lava-me com seus tecidos de
delgado requinte áspero - és única.
Força a prisão que vomito discretamente
e divisa o corte que nasceu sobre
o luar vário. Um cesto cintilante
inchado com seus gozosos beijos
e frutíferas árvores nascerão
violentas em nossos seios febris.
Sou um desgaste que vibra de temor
e outras doenças galopam volumosas
volúpias que cutucam aromas infernais.
Solte-se mais enquanto o engano
me abrange fiel na desordem ferindo
meu crânio lívido. Escava bocas
desejosas. Na minha cela sustento
a espevitada mudez vinda do
poço que jorra-te à noite -
supremo charco guia e ecoa.