Sempre o amor agora
o amor ondula-se
atraca-se em nuvens
flores e rochedos.
o amor é asa
furta as cores
desenhadas
pelo sol
o amor é arte
mira-se no ar
na chuva caindo antes
de chegar às telhas.
locomove-se
atravessa o perigo no olhar
dos bandidos e dos curiosos
nas janelas sem parapeito.
o amor torna-se tudo
revira-se no estômago
e nas costas.
é espesso e torto
avesso em versos
dispersos na alma.
em excesso, o amor
chega e parte.
quebra-se no vazio
em mim, em ti.