Ca-fé
Ele tentou ligar
As constelações em meu rosto
Com compasso e esquadro
E foi,
no cansaço de seus passos
falsos e insensatos
fazer da poesia, matemática
com a insensibilidade aboletada
naquela alma sem café
naquela alma sem fé
sem força
com meras notas de rodapé
e umas doses de intemperanças
Corre, meu filho!
Corre sem olhar pra trás.
Corre sem mandar teu fiel olheiro
para me vigiar
Corre sem depois me perguntar
se há
Felicidade aqui
Sai deste terreno que não é teu
Saia desta terra que jamais poderia ser tua
E tire os teus olhos insensatos
oblíquos e dissimulados
do céu estrelado
das poesias constelantes
e das constelações poéticas
pintados na cara de quem tem alma de fé
Que grita
"Vamos! Mas, primeiro, um café!"
E segue,
bem fênix
Ca-fé.