SIDÉREAS ESPACIAIS
De olhos grudados
Ao céu anil, sórdidos
e algemados ao infinito
Do meu ego infinitivo,
A gravidade baloiça o horizonte.
Pairando no espaço, estrelas
gigantescas, aventuram-se trínulas
prismáticas, feixes e faixas exóticas
velocíssimas, fugacíssimas, violetas,
despontando a poesia das cores volutas.
Exclamo o horizonte!
E aceito o consolo pendente.
Interrogo o vasto céu infinito,
E observa-me em um chão finito,
Que escalda a testa até ao gradiente.
Oh! Sidéreas, vão para ti, meus devaneios
celestes, longos siderais e passeios
que correm o espaço, e Cá de baixo,
a caricatura criatura térrea no seu eixo.
BY MATOLA.CALVINO
RS - 26/08/2017 (At 9:20 PM)