Eterno logro
dá o pão, e logo
exije a retribuição.
faz-se de humilde
mas, em seguida tripudia
sobre o perdão..
lança o veneno e, logo depois,
o antídoto..
aprisiona o incauto
nas malhas de seu ego...
e, depois, liberta
piedosamente...
com uma das mãos, subtrai,
com a outra, concede....
e ao final de tudo
desvenda sua face
ante nossos olhos..
pra depois sorrir
com certo desdém..
e, tudo isso,
jactando-se de uma força
descomunal...
a que ninguém desafia.
mas é apenas mais um,
entre um milhão..
e tudo isso,
uma questão de grau.
numa infinita escala
que ultrapassa
a própria imaginação...
mas, pensando bem,
no "como e no porquê"
descubro que, afinal
tanto poder concentrado
não chega assim,desavisado.
o tempo todo tem existido..
e vem de mim...vem de você...