OLHANDO PARA TRÁS

A flor que eu tinha á mão murchou,

Olhei para trás e não te vi.

Quis chorar não tive lágrimas.

A noite veio e me abraçou com tristeza;

Pois quis dormir e os meus olhos

não se fechavam.

Olhei a flor, e esta estava seca;

seu espinho cortou-me a mão,

que chorou sangue por mim.

Olhei para trás, e não mais pude nada,

a não ser uma grande penumbra.

A luz estava apagada e eu sangrava

de amor com os pés descalços, nos

espinhos pontiagudos de meu caminho.

Luz (MG), 11 de outubro de 1987.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 04/09/2017
Código do texto: T6104586
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