Estação da saudade...

 
No borralho presa está,
Lembrança passada,
Em adorno secular.
Um sinal, lá da porta de frente,
Ecoa estridente...
Rangendo a madeira carcomida,  
Esverdeada  - com o tempo.
Chetiram - chetiran - chetiran
Parece um dobrado...
Na quarta-feira de cinzas.

O bonde já não ouço.
A orquestra já não toca.
O borralho: já não fala mais dele.
O silêncio é quebrado...
Pelo velho relógio da matriz, 
Que por um triz,  
Não emudecera.

O borralho,
O bonde,
Passaram...
Bem perto de mim,
Bem perto daqui,
E, não me dei conta!
 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/09/2017
Reeditado em 13/09/2017
Código do texto: T6111151
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.