humanos
do fundo, o coração
suspira a hora da noite,
amei a vida como
quem ama, como quem
chama, como quem quer,
desespero em casca do horizonte,
amei o sono e a clareza do acordar,
os deuses jogam com o mundo
queríamos mesmo
era sonhar o seus sonhos, saber
o que se passa no alto da colina,
contemplara cidade ferida, o campo que nada
nasce, o rio que chafurda na barragem,
saber-se só, desejar o coração
perdido, o elo escondida, a tarde
que ainda respira, desolojar-se da
laje fabricada, abrir para o sol do mundo
para as casas que não tem nome,
que se oprime diante da luz do altar,
bebericar o café ao lado da floresta
que nos alimenta, e aprender a cantar
a musica esquecidaque outrora os anjos
cantaram e tornaram
humanos