A SERIEMA
Antonieta Lopes
Surgiu no meu quintal u’a seriema,
Que ave tão distinta e elegante!
Encantadora, de uma graça extrema,
Preciso é que num verso eu a cante.
Pra o poeta, o pintor é lindo tema,
Para o vulgu não é tão importante,
Surgiu e sem criar nenhum problema
Foi-se faceira pra bem mais distante.
A plumagem de cores mui discretas,
Sem manchas, sem defeitos e sem pintas,
Pernas altas e finas como setas.
Preciso é vê-la para que a sintas,
Pra nós desconhecidas suas metas...
Bom que nobrezas não foram extinas.