Silêncio da noite
A amiga aprimora no pensamento bandido
os passatempos levados pelo tempo,
a noite deveras ao som da vida
vindo de ninguém,
levado para alguém...
Folgar as vertigens fornidas
pela exaltação da natureza
guarindo a vida levada pelo tempo,
sabia,a noite rega o silêncio
forjado pela seresta dos velhos boêmios...
As batalhas devassaram as manhãs
esplandecidas pelo sol
desejadas por alguém,ninguém
colaborando para uma noite artificial silenciosa...
As bombas ferem os dias desertados
destruindo o progresso criado,
conduzido pelos ratos,
concretizando a noite que chega
com a erupção da manhã...
Os inimigos cospem o meu rosto
cicatrizado pela doçura de uma flor
e o dono do nada destrói as estrelas
com a felicidade de ninguém
calando a humanidade para sempre...
Antônio Cazumbá 1988