Resíduos Importantes

Nova Era depois da chuva

tinha uma poça d'água na praça

e todo céu podia se ver

a canto de cigarras

Os galhos caídos

talvez já tenham morrido

vivem agora

outra hora

equilibrio

nublado

vivem lá outro lado

Bem Te Vi

Inspirado

Sabiá não sei

patas nágua

asas postas

molha poças

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Possa

Possa lhe agradecer

tirei a mente

de mim

lembrei de você

Tantas vezes

para sempre

estaremos juntos

a história nos une

a derrota é imune

mas a vitória

é glória

e cada sorriso vai lacrimejar

Pássaros cantam

depois da chuva

antes também todo verde se forma

a vida de neném

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As lembrança

fazem a dança

recito pois não há

melhor jeito de falar que falando

bonito

As árvores verdes estão lustrosas

passa carro

incomoda

motores cantam

mulas e burros

urrando

serviço pesado

dando conta

e trabalhando

o projeto escravocrata

das máquinas

reinando concreto

metalizado

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A bicicleta incomoda

passa gente em cima dela

passa gente na vista

no eletrônico chorando

sofrendo sofrência

pia nas árvores

a selva de concreto não está pra passarim

pássaro então:

_Urubu, a refeição é gavião

morrem de tiro

tiro a floresta

tiro a vida na cidade

Ilumina a noite

tira a lua

amor morreu

gavião faleceu

Urubu, é seu

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Nossa, quanta coisa

sobra

folhas secas subdesenvolvem a sujeira

quisera eu ta deitado e

rolando em fi fi fiu

aqui com você

Fazendo nosso nenê

aprendendo a ser conservador

e conservar

a raiz natural

carne vegetal sol

Tá bom

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A chuva ainda não acabeou

agora ela ainda existirá

para sempre

em nossos

corações

Existirá um dia

em que falaremos dela

e vai chover emoção

Dois amantes na selva

um dois coração

Canta o gavião

e coloco ele em nosso passado

molhado

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Obrigado senhor

agradeci para dentro

almejando longe um verde chuva

abrange

um calado falante

Seus erros te calam

calejado

Abre a boca

que cê tá falando demais

Seu problema é meu problema

somos irmãos

somos pais e filhos

como exemplo do acerto da vida

que gira gira

e gira gira

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Obrigado pelo silêncio de paz

a poezia das palavras

as vezes deixam meu pensamento

Uma asa voa

Duas

Mil

O que pensar da formiga que foi beber água da caixa dágua

Que as máquinas nos obrigam e encaixam

e agora elas tem que beber água sem peixe

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Dispará

Dispará é sair rapido dum lugar

eu disparei uma flexa

e ela foi lentamente

enquanto o alvo voava

de tanto que corria

A flexa de vagarzin

e o cara desesperado correndo dela

E ele ganhava distância

mas a flexa não cansava

e ia indo

calma

como quem vem vindo

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Agora já está na hora de tocar violão

Cantar os assuntos

fazer uma canção

A gente aprende música é com o coração

no ritmo da batida

de acordo com a vida

a gente pensa uma harmonia

que se faça alegria

É hora de viver

Poeta Pires Pena
Enviado por Poeta Pires Pena em 28/10/2017
Reeditado em 28/10/2017
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