Apocalipse Mental

Um apocalipse vem na minha mente /

em cada momento que eu tô sozinho

Morando em vários universos,

Namorando versos tendo o mal de vizinho

Desejando lábios, falhas e lapsos

Desenho sem lápis a vida em colapso

Escrevo em paredes, papeis não saciam

Não me prendo a redes, pois elas viciam

Cada verso meu é um estado atual

Fodam-se os padrões, não acato o manual

Deixe que a vida celebre o funeral

O sucesso é um veneno fúnebre e letal

Uma vida curta, porem muitos erros

Em uma intensa luta contra esses erros

Procurando luz em meio a essas sombras

Num mundo que te induz a aceitar as sombras

A escrita é um refúgio

A paz é um vidro frágil

O passar do tempo é sutil

E a positividade sumiu

Caronte devolva a minha alma

Morfeu me tire desse coma

Nesse maldito mundo infestado por demônios

Quero os campos elísios, longe de domínios

Denominam meus atos como coisas fúteis

Mal sabem que em cadernos, cultivo solos férteis

E que minhas palavras derrubariam quarteis /

castelos dourados, correntes e anéis

Mesmo que esses demônios sejam bem mais fortes

Não abandonarei todas as minhas fontes

Sobre esses rios de mágoas construirei mais pontes

E eu voltarei melhor do que antes

Gabriel DNS
Enviado por Gabriel DNS em 29/10/2017
Reeditado em 29/10/2017
Código do texto: T6156838
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