O homem, suprimento da terra.
À tona ao sol e ao vento,
pairam reveladas as dores,
rasgados amores,
atores e atos, fainas e fatos,
senhores, robustos mandatos, do pensamento.
Engenhosos arranjos de abstratos convênios,
artifícios vorazes em mentes ardentes
e na ribalta os milênios
reluzem historia em plural aparência...
... termo dos termos, epílogos latentes, desinência.
Submersa, jaz inerte a verdade
revelada n’argila e no húmus,
na soma dos ossos dos crâneos,
crentes ou descrentes, das visões de Nostradamus,
do pó do que foi, do fenecer da vaidade.
Por fim o sol seca e o vento dissipa,
e de resto resta a verdade,
resta a terra fria enlutada,
o arresto do resto do nada:
da faina, dos fatos, dos robustos boatos, da vaidade.
Finda-se a luta da paz e da guerra.
O devaneio se encerra; fica a realidade sem fantasia,
no depósito do homem na terra:
o suprimento do eterno
a eucaristia.