Rio-me na Cara da Morte
Forrei estradas com pétalas
Do restante das minhas flores
Quase mortas
Tudo o que eu tinha
Em nosso nome.
Caminhei ao teu lado
E não fui a melhor
Não sou a melhor em nada
Mas te dei o meu ultimo
Frescor e dias
Que acreditei no amor que brota
Dos homens por si mesmos.
Caminhei ao teu lado
Nos piores dias
E não fui a melhor
Não sou a melhor em nada
Mas partilhamos dúvidas
E nos perdemos juntos.
Mas plantaram, Nele,
Em nós... Tão sós...
Sementes de Amor
De fé e esperança em nós
Até ao fim deste caminho.
Desmachas tu com os teus pés
Os caminhos que fizemos juntos
Mas já brotaram flores
O jardineiro cuidou
E quanto mais pisas tu
Nos canteiros de mim
Mais nascem flores...
Porque A Luz
Aquece e afasta
Toda e qualquer escuridão.
E brota recomeços em flor
De tudo o que te parece o fim.
Sou Flor do campo
Dente de Leão
Filha dO Leão
E O meu Pai sopra-me
Ao vento dO Seu querer
E vou mesmo e quero
Viver dO Seu favor
Sem nada... Não tenho mais nada.
| Isto é o que enxergam todos os que não “Vêem” |
Não sou mais “aquela”.
Ele é o meu pão e água
De Viver.
Ele forrou todo um canteiro
De Amor
Em mim.
Liberta fui... Enfim.
.. rio-me na cara da morte .. e da “morta”.. e danço como uma “louca” ..
Karla Mello
03 de Novembro de 2017