Daqui há um ano....
Era pra ser só daqui um ano
eu já tava tão acostumada
não me mexia mais nada
exceto naquele dia do shopping
Rapidamente estremeci ao vê-lo
Fiquei de toas as cores, mesmo sem ser "notada"
E segui agoniada, temendo vê-lo novamente
Foi uma noite que não queria passar
Agora bateu aquela saudade, ou vício, talvez
De não tentar seguir em frente com alguém
Pois enquanto ele tá lá, eu continuo aqui
Pensando nele, mesmo sem querer
Eu não quero, entende! Mas eu sinto, o vejo.
E quando terei minha redenção, não sei
Talvez, deva fazer parte do meu Karma passar por isso
Pra aprender a lidar com a perda perpétua
É fácil falar "arruma outro" pra esquecer
Talvez pros homens seja mais fácil lidar com isso
Mas eu tô nessa até hoje. Pois ainda que momentaneamente,
Ele me vem à cabeça. Ou então, aparece quando menos espero,
Pra me lembrar que vida anda é pra frente.
E como se destrói algo ruim dentro de nós
Se o sentimento vem, sem querer?
É uma mistura de ódio e e tristeza que me faz ferver
Tá engasgado, tá encrostado feito lodo
E magoa toda vez que o vejo, de qualquer forma.
Há uma necessidade de esvaziar isso de dentro de mim
Mas não acho a válvula de escape
Me sinto envenenada e bebo um pingo de ódio
Toda vez que vejo, pois ele se tornou impossível pra mim
E você leitor, me pergunta, onde está minha autoestima?
Ela aparece quando me distraio, quando enxergo outros homens.
E hoje, eis que não resisti em olhá-lo pela rede social
Já tinha até excluído, o que a rede faz questão de lembrar
E só daqui a um ano, com a ferida mais sarada
Iria olhar, ou que dirá até não olhar
O que no fundo, no fundo eu tenho vontade....de querer, e de esquecer.