Pelas mãos
Pelas mãos tecem o caminho seguindo as borboletas,
Com as mãos além de pegá-las, tremo irremediavelmente a fulgurar tamanha formosura em cores.
Pelas mãos passo cada página do dia-a-dia no periódico.Vejo, releio, penso, acalanto-me!
Com as mãos perco-me a suar à espera do amado sem pressa, que à tantas, perde-se em momentos fugidios.
Com as mãos acaricio a mesma face do esquecido, que as interpelam com o soprar de um murmúrio doce e cativo.
AH! Com as mãos sinto-me entumescida pela alma que deseja, que lampeja, que se esvai em pensamentos em calmaria .
Pelas mãos oro a Deus em agradecimento a toda plenitude desejada !
Pelas mãos, sigo meu instinto humanizado a acariciar as doces lambidas caninas em minha face!
Com as mãos recebo de volta as borboletas do início, que cansada, sôfrega, pousa em cadência como a esperar outras pradarias.