Noite

Suaves soam os cantos dos grilos

Dando vida ao breu na noite que segue

Iluminada por estrelas vigilantes

Que a lua clara, solitária rege.

Sapos, cães, gatos e gemidos

Todos avançam para os ouvidos insones

Numa melodia embalando sonhos perdidos

E olhares fixos que a solidão consome.

O frio sugere uma manta ardente

E os pés se encostam pedindo aconchego

A noite jaz derradeira na penumbra

Chega o dia, destituindo o sossego.

Lú Garcia
Enviado por Lú Garcia em 21/10/2005
Código do texto: T61860