MEMÓRIA




Busco nos cantos brumosos
de meu passado distante
lembranças bem escondidas
por nuvens negras e densas.
Entre raios luminosos
encontro a minha saudade
que retraída se mostra
molhando os campos da vida.
Chora o tempo, choro eu.
Entre nós uma vidraça
que reflete a tristeza
daquilo que já não lembro.
Chora a chuva lá na rua.
Chora a chuva no meu rosto.
O meu coração sangrando
já nem sabe porque dói.
Memória, triste memória.
você guardou bem oculta
Toda a dor do meu passado.
Mas não guardou  toda mágoa.
que um dia senti na vida.
Hoje choro sem lembrança
do que derramou meu pranto.
Mas sei que um dia a memória
voltará com toda força.
Mas aí terei chorado
o que tinha que chorar.
e rirei do meu passado.