Sangria

Ao gerar lemas, temas,

poemas,

minha alma canta

e se encanta

com a ternura dispersa

em meu ser,

é um sempre

renascer!

Atmosfera de aleias,

mirra e incenso

mescla-se às idéias

nascedouras

do que penso.

Sinto a letra

sutil

que me adorna

e me contorna

a tornar-me

útil.

O verso me unifica

ensolara meu universo

apascenta e pacifica

o sonho controverso.

Sou poesia...

- entoar de pássaros

canoros ao raiar do dia;

flautins ritmados

a embalar meus sonhos,

embornal de sabores

liquefeitos

a deliciar meus amores

e tanger momentos

inoportunos e enfadonhos.

Eu me completo

- e isto me contagia!-,

com o verbo seleto

que do peito

faz sangria.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 15/01/2018
Reeditado em 23/12/2019
Código do texto: T6226718
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