Sou um acumúlo de sensações...
Repressa pronta para jorrar.

Sou uma nudez...
De virtudes e vicios.

Sou um olhar que busca...
Algo definido como esperança...
Uma certa colheita...
Feita de afeto.

Chorei muito...
Para que algo ficasse...
No meu indefinido infinito.

Meu sentimento foi açoitado...
E tive que conviver com sons...
Medos e a pele a enrugar.

Confesso que não sobrevivi...
Mas a prendi a sobreviver...
Ao ligar o foda-se.

Interrogações e exclamações...
Acumularam na gaveta dos sonhos.

Certas vontades...
Carrego como amor.

Meu ritmo desacelerado...
Para meu próprio futuro.

Pois a dores são criativas...
Nos matam antes mesmo de amar.

E nesse tumulto de mim mesma...
Uma certa sabedoria simplifica...
Meus naufragios e minha maneira de nadar.

Sou a certeza a arrogância...
E a prepotência chamada mulher.

Que na tempestade...
Volta por seu leito de origem...
Seu começo das contendas.

Romilpereira

ROMILPEREIRA
Enviado por ROMILPEREIRA em 18/01/2018
Código do texto: T6229948
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