Sou um acumúlo de sensações...
Repressa pronta para jorrar.
Sou uma nudez...
De virtudes e vicios.
Sou um olhar que busca...
Algo definido como esperança...
Uma certa colheita...
Feita de afeto.
Chorei muito...
Para que algo ficasse...
No meu indefinido infinito.
Meu sentimento foi açoitado...
E tive que conviver com sons...
Medos e a pele a enrugar.
Confesso que não sobrevivi...
Mas a prendi a sobreviver...
Ao ligar o foda-se.
Interrogações e exclamações...
Acumularam na gaveta dos sonhos.
Certas vontades...
Carrego como amor.
Meu ritmo desacelerado...
Para meu próprio futuro.
Pois a dores são criativas...
Nos matam antes mesmo de amar.
E nesse tumulto de mim mesma...
Uma certa sabedoria simplifica...
Meus naufragios e minha maneira de nadar.
Sou a certeza a arrogância...
E a prepotência chamada mulher.
Que na tempestade...
Volta por seu leito de origem...
Seu começo das contendas.
Romilpereira