Eu a amei...
E ela nem se quer soube...
Que foi amada...
Porque ela não queria ser amada.
E por não querer ser...
Partiu como uma desconhecida...
Sem se desculpar...
Pelo frio e vazio que deixou.
Nem se quer sentir pena de mim...
Diante dessa imensidão de amor...
Dado.
Corações partidos...
Quando jovens e inocentes...
Se recuperam com uma chuva a cair.
Tempestades...
Lavam os asseios do corpo...
Seus choros gelatinosos...
E suas cores sonhadas.
Gripados...
Entramos por entre lençóis...
Misteriosos...isolados...
Febris.
Aprendem que tudo acalma...
Que a segunda aventura e terceira...
É sempre um aposta...
Perder ou ganhar...
É continuar a viver.
Já os maduros !!!...
Ilhados em tantos porquês...
Na estima decadente...
Embaçados no choro.
Recalcados e infelizes.
Esquecem do insaciável...
Recomeçar.
Viajam nos seus vícios...
Numa imagem ou num som distante.
Não escapam de sofrer...
Pela vontade de ser amados.
Mesmo esta...
A fazer sentir...
O que ama.
Romilpereira