Eu a amei...
E ela nem se quer soube...
Que foi amada...
Porque ela não queria ser amada.

E por não querer ser...
Partiu como uma desconhecida...
Sem se desculpar...
Pelo frio e vazio que deixou.

Nem se quer sentir pena de mim...
Diante dessa imensidão de amor...
Dado.

Corações partidos...
Quando jovens e inocentes...
Se recuperam com uma chuva a cair.

Tempestades...
Lavam os asseios do corpo...
Seus choros gelatinosos...
E suas cores sonhadas.

Gripados...
Entramos por entre lençóis...
Misteriosos...isolados...
Febris.

Aprendem que tudo acalma...
Que a segunda aventura e terceira...
É sempre um aposta...
Perder ou ganhar...
É continuar a viver.

Já os maduros !!!...
Ilhados em tantos porquês...
Na estima decadente...
Embaçados no choro.

Recalcados e infelizes.
Esquecem do insaciável...
Recomeçar.

Viajam nos seus vícios...
Numa imagem ou num som distante.

Não escapam de sofrer...
Pela vontade de ser amados.

Mesmo esta...
A fazer sentir...
O que ama.

Romilpereira
ROMILPEREIRA
Enviado por ROMILPEREIRA em 21/01/2018
Código do texto: T6232572
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