A VOVÓ E A FADA DO DENTE
Era uma vez uma fada
Iniciando em sua nova missão.
Coitadinha, não sabia de nada,
Nem da importância de sua função.
Tinha que ir a terra, pegar um dente
De uma menina que estava no quarto.
A madrugada chega costumeiramente
e a fada acha um copo de dente farto.
Deixa embaixo do travesseiro da guria
Somente uma moedinha de um real.
Ao retornar ao mundo das fadas inicia
para a nova fada uma zombaria total.
Querida, falarei sem nenhuma frescura!
Todavia a sua missão foi um fracasso só,
trouxe-nos em vez de dente uma dentadura,
Não entrara no quarto da menina e sim da vovó.
Quando uma fada vai a terra pegar dente, ela
traz um dente apenas e não a arcada dentária,
mesmo que alguém tenha ficado banguela
por qualquer motivo em nossa ação diária.
Quanto a não poder trazer dentadura não sabia,
Mas houve a troca dos quartos entre a avó e a neta...
Por que elas fizeram a troca justamente no dia
da minha visita e me impedindo de obter a minha meta?!
No mundo dos mortais a avó está possessa...
Quem foi o tal engraçadinho que comprou
minha dentadura, sem minha permissão, ora essa
por uma bagatela de um real? A idosa vociferou.
Caso pegue este delinquente, coitadinho dele!
Quebro no sujeito minha bengala sem nenhum dó!
o infeliz há de sofrer na própria bandida pele
as bengaladas certeiras de uma furiosa vovó.
O FILHO DA POETISA