A VOVÓ E A FADA DO DENTE

Era uma vez uma fada

Iniciando em sua nova missão.

Coitadinha, não sabia de nada,

Nem da importância de sua função.

Tinha que ir a terra, pegar um dente

De uma menina que estava no quarto.

A madrugada chega costumeiramente

e a fada acha um copo de dente farto.

Deixa embaixo do travesseiro da guria

Somente uma moedinha de um real.

Ao retornar ao mundo das fadas inicia

para a nova fada uma zombaria total.

Querida, falarei sem nenhuma frescura!

Todavia a sua missão foi um fracasso só,

trouxe-nos em vez de dente uma dentadura,

Não entrara no quarto da menina e sim da vovó.

Quando uma fada vai a terra pegar dente, ela

traz um dente apenas e não a arcada dentária,

mesmo que alguém tenha ficado banguela

por qualquer motivo em nossa ação diária.

Quanto a não poder trazer dentadura não sabia,

Mas houve a troca dos quartos entre a avó e a neta...

Por que elas fizeram a troca justamente no dia

da minha visita e me impedindo de obter a minha meta?!

No mundo dos mortais a avó está possessa...

Quem foi o tal engraçadinho que comprou

minha dentadura, sem minha permissão, ora essa

por uma bagatela de um real? A idosa vociferou.

Caso pegue este delinquente, coitadinho dele!

Quebro no sujeito minha bengala sem nenhum dó!

o infeliz há de sofrer na própria bandida pele

as bengaladas certeiras de uma furiosa vovó.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 25/01/2018
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