Dias e Noites

Chuva, trovoadas na madrugada

Sem sono, tão insone, tudo insano!

Por dias e dias, por noites e noites

Pensando, lembrando, arrependendo

Do que fez, do que deixou de fazer

Lágrimas, alívio, meio sorriso

Esta vida quando revivida

É qual ferida ainda dolorida

Quando por cima se cicatriza

Mas dentro segue ardendo e lateja

Nessa febre, fervor, em estupor

Vibra a vida, combalida ainda arde!

Num resto de fé, paixão e esperança...

Viver é o vício exigindo mais

Dias e noites, mais meses, mais anos

Apenas pr’a mergulhar na multidão

De novo flertar com as convenções

Abastecendo-se de solidão,

Pr’a preencher madrugadas insones

Pr’a iniciar mais um ciclo insano

Allba Ayko
Enviado por Allba Ayko em 31/01/2018
Código do texto: T6241110
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