Do tempo

Foi numa casinha de campo

Harmoniosa e feliz

Que ele surgiu com flores

E autenticidade

Janelas sempre abertas

Certezas todas plenas

Jardim, sempre

Primavera e borboletas

Doçura e magnitude

Na pele o descompasso

E qual viajante

Se fora

Levando os alicerces

Tijolos caídos

Janelas quebradas

Jardim ressecou

Todinhas mortas

As tão coloridas

Borboletas, num suspiro final

E silêncio

Tanto tanto depois

Gramado viçoso

Cheiro das flores

Borboletas nenhuma

Casinha pra quê?

Coração estirado na relva

Manto de estrelas

A descortinar-se

Nos olhos

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 31/01/2018
Código do texto: T6241235
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