VESTIDA DE ASAS

A sombra da alma fez-se poesia

Enquanto partia todos os pássaros

Da minha liberdade

Fui morar na saudade

Perto das minhas lembranças

Guardadas numa fotografia...

Abriguei meu sorriso

Nas minhas asas

Deixei pousar nos meus lábios

Minha alegria, euforia

De um poeta amador

A sorrir a voar

A procura de amor...

Nesse voo etéreo

Sublime e puro

Quase celeste, me refugiei

Permiti a passagem da luz

Esbatendo minhas asas

A sombra do meu íntimo...

Sou aquela que passarinha

Livre, vestida de asas

Misturada de galhos e asas...

Enquanto eu sorria

Com fartura de alegria

Deixei escapar a poesia

Livre, além-fotografia...

Regilene Rodrigues Neves – Em 17/02/2018