Morre Messias
Eu anuncio, com pesar profundo,
a morte, de maneira prematura,
de uma recém-vinda criatura,
que, pela poesia, veio ao mundo.
Sua morte foi um ato de bravura,
como, o foi, a breve existência.
Morreu por ter a plena conciência,
que já nasceu dentro da sepultura.
Eu anucio a morte de Messias,
com quem vivi à sombra de alguns dias
uma experiência fascinante.
Criei de mim fiel xipofagia,
um clone, um gemelar da poesia,
que serei eu agora e doravante.